A inteligência artificial pode colocar em risco quase um quarto dos empregos

O estudo do banco americano Goldman Sachs afirma que 23% dos empregos intelectuais no Brasil estão ameaçados ou podem ser afetados.

Um estudo da Goldman Sachs Global Investment Research indica que 23% dos empregos no Brasil estão ameaçados ou expostos à inteligência artificial. O relatório também revela que essa situação não é exclusiva do país, já que 29% dos empregos em Hong Kong estão ameaçados. Além disso, o estudo estima que até 300 milhões de empregos podem ser automatizados por inteligências artificiais, como o Chat GPT.

De acordo com o banco americano, 18% do trabalho intelectual global pode ser informatizado, sendo que os efeitos devem ser mais impactantes nas economias desenvolvidas do que nos mercados emergentes.

O relatório destaca que os trabalhadores de escritórios estão mais vulneráveis do que os trabalhadores braçais e que aqueles que atuam nas áreas administrativa e jurídica devem ser mais afetados do que aqueles que desempenham suas atividades de forma física ou ao ar livre, como os trabalhadores da construção civil. De acordo com o estudo, cerca de dois terços dos empregos nos Estados Unidos e Europa estão expostos a algum grau de automação da inteligência artificial, e até um quarto de todo o trabalho pode ser feito completamente pela IA.

Os economistas do banco americano afirmam que, se a inteligência artificial for capaz de cumprir suas promessas, o mercado de trabalho pode sofrer perturbações significativas. No entanto, a adoção da IA pode aumentar a produtividade do trabalho e levar a um crescimento de 7% ao ano do PIB em um período de 10 anos.

Os pesquisadores afirmam que entre 25% e 50% da carga de trabalho dos trabalhadores americanos podem ser substituídos, o que pode resultar em economias significativas nos custos de mão de obra. Além disso, a substituição da mão de obra por inteligência artificial pode criar novos empregos e aumentar a produtividade dos trabalhadores não afetados.

O Goldman Sachs destaca que os períodos de inovação tecnológica geralmente deslocam os trabalhadores a curto prazo, mas podem criar mecanismos para o crescimento de empregos a longo prazo, como já aconteceu com tecnologias anteriores, como o motor elétrico e o computador pessoal.

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