Mais de 600 mil brasileiros deixam empregos estáveis em apenas um mês, revela pesquisa

A recente pesquisa divulgada pela LCA Consultores indica que, somente em um mês, mais de 600 mil brasileiros pediram demissão de seus empregos estáveis, o que pode ser atribuído ao fenômeno conhecido como “the great resignation”. Embora o país já tenha quase 12 milhões de desempregados, um terço das demissões têm sido voluntárias, mostrando que profissionais estão “pedindo a conta” em seus trabalhos.

O fenômeno “the great resignation” é um movimento que vem crescendo em várias partes do mundo, incluindo o Brasil. Em essência, ele reflete a decisão de pessoas insatisfeitas com o trabalho e o estilo de vida que levam de pedir demissão. Para muitos, essa pode ser uma oportunidade de buscar satisfação e felicidade em outras experiências.

No entanto, o fenômeno traz desafios para as empresas e, em particular, para os setores de recrutamento e seleção. É necessário que as organizações estejam preparadas para tornar suas vagas não apenas atraentes em termos de empregabilidade, mas também ofereçam satisfação aos profissionais.

Desafios ao recrutamento e seleção

Para o executivo Márcio Monson, fundador e CEO da Selecty, empresa de tecnologia para recrutamento e seleção com sede em Curitiba, o fenômeno traz desafios às organizações. Ele observa que, com base em dados, notícias recentes e vivências práticas, o “the great resignation” já é uma realidade no Brasil, assim como nos Estados Unidos, Europa, China e Índia.

Uma das principais preocupações é como as organizações podem tornar suas vagas atraentes para os profissionais e proporcionar satisfação no trabalho. Além disso, a seleção e retenção de talentos se torna um desafio ainda maior, pois os profissionais têm mais opções e estão mais dispostos a experimentar novas oportunidades.

A importância de criar um ambiente de trabalho satisfatório

Criar um ambiente de trabalho que ofereça satisfação aos profissionais pode ser uma maneira eficaz de reter talentos e evitar a “grande renúncia”. Isso pode ser alcançado por meio de uma cultura organizacional forte, benefícios atraentes, oportunidades de desenvolvimento de carreira e um equilíbrio saudável entre vida profissional e pessoal.

Outra questão importante é ouvir os funcionários e levar em conta suas opiniões e necessidades. Essa abordagem pode ajudar as empresas a identificar áreas que precisam ser melhoradas e a implementar mudanças que atendam às expectativas dos funcionários.

Conclusão

O fenômeno “the great resignation” é uma realidade no Brasil e traz desafios para as empresas, em particular para os setores de recrutamento e seleção. É importante que as organizações estejam preparadas para tornar suas vagas atraentes e oferecer satisfação aos profissionais.

O processo de seleção de candidatos, segundo Monson, precisa ser repensado. É preciso ir além da descrição das habilidades técnicas e da remuneração oferecida. “As empresas precisam estar atentas às expectativas e aos valores dos profissionais. É fundamental que a cultura organizacional esteja clara e que a companhia ofereça propósito, plano de carreira, oportunidades de aprendizado e desenvolvimento”, pontua.

Além disso, o executivo ressalta que a retenção de talentos se torna ainda mais importante em um cenário em que o mercado de trabalho está em constante mudança. “As organizações que investem em um ambiente saudável e em pessoas, têm mais chances de atrair e manter profissionais de alta performance”, destaca.

Em resumo, o fenômeno “the great resignation” traz à tona a importância de uma gestão de pessoas eficiente e focada em reter talentos. As empresas que souberem compreender as expectativas e os valores dos seus profissionais, e oferecer um ambiente de trabalho saudável e desafiador, têm mais chances de se destacar no mercado e manter os melhores talentos em suas equipes.

É importante ressaltar que a decisão de pedir demissão não deve ser tomada de forma impulsiva ou leviana. É preciso avaliar as consequências da renúncia, as possibilidades de carreira e as perspectivas do mercado de trabalho. Afinal, a busca por satisfação e felicidade não deve comprometer a estabilidade financeira e a segurança profissional.

Em conclusão, o fenômeno “the great resignation” pode trazer desafios ao mercado de trabalho brasileiro, mas também é uma oportunidade para as empresas repensarem suas práticas e investirem em uma gestão de pessoas mais eficiente e voltada para a retenção de talentos. E para os profissionais, é importante buscar equilíbrio entre a busca por satisfação e felicidade e a estabilidade financeira e profissional.

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